Setembro Amarelo: Como abordar o tema na escola?

A Campanha Setembro Amarelo é uma iniciativa criada em 2015 pela ONG CVV – Centro de Valorização à Vida, focada na prevenção e apoio emocional acerca do ato suicida. Juntamente com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O objetivo é promover a conscientização da população sobre o tema suicídio, que ainda é tabu para muitas pessoas.

Segundo dados da OMS – Organização Mundial de Saúde, 800 mil pessoas já cometeram suicídio no mundo. No Brasil, o suicídio é a 4° maior causa de morte entre os jovens na faixa de 15 a 29 anos. Abordar esse tema na escola é difícil, porém essencial diante desses dados alarmantes.

Crianças e adolescentes enfrentam na escola questões como bullying, depressão, relacionamentos familiares conturbados, exposição em redes sociais, transtornos alimentares, entre outros. Muitas vezes, esse jovem pode ver o suicídio como uma forma de acabar com o sofrimento rapidamente.

Fique atento aos sinais

É importante que o educador esteja atento a alguns comportamentos considerados fatores de risco, como:

  • Isolamento de amizades e atividades escolares;
  • Desinteresse por atividades que antes traziam prazer;
  • Demonstrações de desequilíbrio emocional, irritabilidade, agressividade, agitação, mudança brusca de humor etc.
  • Falar constantemente sobre a morte;
  • Consumo de álcool e drogas;

Caso identifique alguns destes sinais em algum aluno, é preciso estabelecer uma relação de confiança por meio de uma conversa, buscando ouvi-lo. Também é necessário entrar em contato com os responsáveis e, de acordo com o caso, encorajar a busca por uma ajuda profissional.

Como a escola pode ajudar?

Sendo o primeiro espaço de socialização da criança e do adolescente, a escola exerce um papel fundamental no desenvolvimento desses alunos. Além da educação formal, é essencial que a instituição trabalhe as habilidades socioemocionais do educando. O princípio dessas aptidões está pautado na inteligência emocional, sendo esta a capacidade de lidar com seus sentimentos e os dos outros nas relações sociais.

Além disso, a instituição também deve ser um local de formação das chamadas habilidades socioemocionais. Essas habilidades partem de aptidões desenvolvidas a partir da inteligência emocional, que aponta para comportamentos que temos em nossas relações sociais e o gerenciamento de nossas próprias emoções. Com isso, ajudando a formar não apenas profissionais, mas cidadãos completos.

Também é essencial que a escola invista em iniciativas de conscientização ao suicídio, ansiedade, depressão, bullying etc., por meio de palestras, rodas de conversa e debates que ampliem a discussão desses assuntos com o devido cuidado que a temática exige.

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Elaborado por: Grupo Ricardo Furtado

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